Artes/cultura
30/09/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 30/09/2024 às 18:00
Ao longo da história da antiga Roma, cerca de 70 homens ocuparam a posição de imperador. Eles foram bastante diferentes entre si e lidaram com o poder de maneiras específicas – para o melhor ou para o pior.
Os piores, certamente, foram os mais violentos e descontrolados, e que foram capazes de cometer atrocidades que parecem até hoje difíceis de acreditar.
Provavelmente Nero é um dos imperadores mais conhecidos por sua maldade e loucura. Ele ascendeu ao poder depois que seu padrasto, Cláudio, morreu em 54 d.C. – supostamente foi a mãe de Nero que o matou.
Inicialmente, ele foi um bom governante. Mas logo sua loucura veio à tona. Em 59 d.C., Nero mandou assassinar sua mãe e sua primeira esposa. Depois, chutou a sua segunda esposa até a morte enquanto ela estava grávida de seu filho.
Ele também tinha um lado artístico, e cantava e tocava lira. Mas a sua história mais famosa aconteceu durante o Grande Incêndio de Roma, que devastou a cidade em 64 d.C.: há rumores de que Nero estava cantando durante o desastre. Há também quem diga que ele mesmo começou o fogo.
Calígula também teve um começo de vida pública promissor. Mas após padecer de uma doença, ele teria se tornado abusivo e descontrolado, além de sua natureza extravagante em termos financeiros.
Dentre os seus feitos, está a decisão de tornar um crime o fato de alguém compará-lo com uma cabra (isso era comum, pois Calígula tinha cabelos muito cacheados) e ato de forçar senadores a correrem à frente de sua carruagem.
Os romanos ficaram profundamente descontentes com os gastos desenfreados de Calígula e começaram a conspirar contra ele. Tanto que, em 41 d.C., o imperador foi esfaqueado até a morte nos Jogos Palatinos por um membro da guarda.
Heliogábalo ficou famoso por uma história bizarra: durante um jantar, seus convidados foram sufocados após que ele ordenasse que uma chuva de flores caísse do teto. Até hoje ele é apontado como um dos piores imperadores romanos.
Mas provavelmente o fato mais infame em torno de Heliogábalo é que ele sacrificava vítimas humanas. Isso porque ele se considerava um deus e, mesmo tendo se tornado imperador, continuou realizando suas funções como sacerdote, o que envolvia o sacrifício de vacas, ovelhas e até mesmo de mulheres para a divindade que ele cultuava. Depois, o sangue era misturado a vinho para fazer oferendas.
Odiado pelos romanos, ele acabou sendo assassinado pela Guarda Pretoriana em 222 d.C.
Caracala era filho de Septímio Severo, considerado um bom imperador. Mas a sua história não deixaria marcas positivas em Roma.
Isso porque ele foi responsável por diversas ações sanguinárias. Uma das piores foi ter mandado matar seu irmão, Geta, para não dividir o poder com ele. A cena teria sido terrível: Geta supostamente se agarrou à mãe enquanto era esfaqueado até a morte.
Depois de matar Geta, Caracala também matou amigos e apoiadores dele, de forma a apagar sua memória – o irmão também foi retirado de pinturas e moedas. Ele foi tão ruim que, não por acaso, acabou esfaqueado até a morte em 217 d.C. por um soldado descontente.